A "culpa" da vitória de Dilma à presidência da república foi atribuída aos nordestinos e isso se tornou motivo de uma onda de xenofobia que se espalhou pelas redes sociais essa semana.
Em primeiro lugar, vivemos em uma democracia, na qual cada cidadão a partir dos 18 anos tem a obrigação e direito ao voto, sendo este permitido de forma facultativa a partir dos 16 anos. O voto também é livre, sendo proibida por lei qualquer forma de "compra de votos".
Venho por meio deste recado demonstrar o meu pesar e minha insatisfação por viver em um país onde as pessoas não aceitam as diferenças e repudiam qualquer outra cultura que não seja a sua e utilizam-se de ofensas pessoais, insultos à cor, religião, orientação sexual e diversos outros motivos. Essa variação cultural deveria ser orgulho nacional e não motivo de "rixas" e incitações criminosas e preconceituosas.
XENOFOBIA é crime e deve ser tratado como tal. O crime de racismo é inafiançável e imprescritível e prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão.
Xenofobia: Violação/ crimes contra os Direitos Humanos que consiste no ódio, aversão ou temor sem precedentes contra pessoas provindas de outras culturas ou regiões geográficas diferentes das do criminoso que a considera minoria ou indigna de pertencer à mesma aglomeração social que ele.
Não trate esses acontecimentos como "fatos isolados" que devem ser relevados. A impunidade só serve de alimento ao ódio, preconceito e crimes piores. Independente de sua posição política, passe essas PROVAS adiante na esperança de que a Justiça seja feita e se haja uma maior discussão sobre esse assunto tão polêmico promovendo reflexão conscientização.
"No entanto, não há nada mais brasileiro que um brasileiro. (...) por mais que cariocas, paulistas, mineiros, gaúchos, baianos ou nordestinos sejam diferentes uns dos outros, há qualquer coisa que os identifica em qualquer lugar do mundo como brasileiros: o seu espírito de independência e seu apego à liberdade, que um dia acabarão fazendo do Brasil um grande país. "
(Fernando Sabino; Gente; O Brasileiro, se eu fosse inglês; 1979, Editora Record)
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