Santa Terezinha
De Emílio Carlos
NARRADOR – No dia 2 de janeiro de 1873 nascia Maria Francisca Teresa, em Aleçon – uma cidade da França. Nascia pequena e doente, e sempre precisou de muitos cuidados.
(Choro de bebê na casa dos pais de Teresa.)
NARRADOR – No dia do nascimento de Teresa aconteceu um fato intrigante. Um pobrezinho veio bater a porta da casa.
(Entra o pobre e bate na porta da casa de Teresa. O pai sai com o bebê no colo).
NARRADOR – O pai de Teresa lhe deu uma moeda e o homem pobre lhe deu um papel.
(O pai dá a moeda e o homem dá o papel em agradecimento e se retira. O pai lê o papel).
NARRADOR – No papel estava escrito assim:
“ Sorri, cresce depressa
Tudo te chama à ventura:
Amor, desvelos, ternura
Sorri à fúlgida aurora
Botão que nasceste agora
Rosa será um dia.”
NARRADOR – Era como se fosse uma profecia. Porque naquele dia nascia Santa Terezinha.
(Música sacra. O pai entra dentro de casa).
NARRADOR – Com apenas dois anos de idade Teresa decide: quer ser freira, seguir a vida religiosa. Sua mãe fica muito contente com isso.
A pequena Teresa cresce e faz sua primeira comunhão. Certo domingo, após a Missa, acontece uma coisa inesperada. É a própria Teresa quem nos conta:
(Enquanto a voz de Teresa-adulta narra o acontecido entra Teresa de 15 anos e vivencia o que está sendo narrado. Música de fundo dedilhada no órgão)
TERESA – Num domingo, quando fechei o livro de orações da Missa, ficou aparecendo um santinho de JESUS Crucificado, que mostrava o sangue fluindo de uma das mãos pregadas na cruz. Um sentimento de dor encheu o meu coração, ao ver aquele sangue precioso que gotejava sem que houvesse alguém para acolhê-lo. Então decidi, ficar continuamente em espírito junto a Cruz do SENHOR, para recolher aquele orvalho Divino da Salvação e aspergi-lo sobre todas as almas. A partir daquele dia ressoava a cada instante em meu coração as palavras de JESUS Crucificado: Tenho Sede! Eu quis arrancar a todo custo os pecadores das chamas do inferno, com o objetivo de suavizar a sede do SENHOR.
(Teresa sai de cena).
NARRADOR - Quando tinha 15 anos quis entrar para o convento, para o Carmelo: a Ordem das Carmelitas Descalças. Mas era muito jovem e a Madre Superiora não quis aceitá-la. Teresa então foi falar com o Bispo, que disse o mesmo: Teresa ainda era muito moça para ser freira. Sem se deixar abater Teresa foi falar com o Papa Leão XIII.
(música sacra. Entra o Papa e dois guardas. Entram Teresa, sua irmã Celina, o Padre e os peregrinos em fila).
NARRADOR – Teresa estava decida pedir ao Papa que a deixasse ser freira. Chegou ao Vaticano com sua irmã Celina. É ela quem nos conta:
(Voz de Teresa-adulta narrando o que está acontecendo. Conforme narra os peregrinos passam pelo Papa).
TERESA - adulta (Voz) - Na manhã de domingo, 20 de novembro, fomos ao Vaticano. Às 8 horas assistimos à Missa do Sumo Pontífice. Acabada a Missa o Santo Padre começou a audiência. Leão XIII estava sentado na poltrona, vestido de batina branca. Cada um dos peregrinos ia se ajoelhar, beijar a mão do Papa e receber-lhe a benção; em seguida dois guardas nobres, tocavam o peregrino de leve com o dedo. Isso queria dizer que era para o peregrino se levantar e para passar à outra sala, cedendo o lugar ao seguinte. Ninguém dizia nada, mas eu estava resolvida a falar. Foi quando o padre, que nos acompanhava disse:
PADRE – É proibido falar com o Santo Padre.
TERESA-adulta (Voz) – Nessa hora meu coração gelou. Olhei para minha irmã e ela me disse:
CELINA – Fala!
TERESA-adulta (Voz) – Então me ajoelhei aos pés do Papa. Beijei-lhe a mão e com os olhos cheio de água supliquei:
TERESA-jovem - Santíssimo Padre, desejo pedir-vos uma graça importante !
TERESA-adulta – O Papa se inclinou e seus olhos penetraram profundamente em minha alma. Eu insisti:
TERESA-jovem - Santíssimo Padre: deixai-me entrar no Carmelo aos quinze anos !
TERESA-adulta – O Padre que nos acompanhava disse:
PADRE - Santíssimo Padre, é uma criança que deseja abraçar a vida do Carmelo, mas os Superiores estão atualmente examinando o caso.
PAPA - Pois bem, minha filha: espere pelo que os seus superiores vão decidir.
TERESA-adulta (Voz) – Mas eu não desisti. E insisti:
TERESA-jovem - Ó Santíssimo Padre, se dignar-vos de responder-me sim eu seria a mais feliz entre as mulheres!
TERESA-adulta (Voz) – O Papa olhou fixamente para mim. E respondeu:
PAPA – Tu entrarás, se o bom Deus quiser.
TERESA-adulta (Voz) – Eu ainda ia insistir mais uma vez. Mas um dos guardas tocou meu ombro para que eu me levantasse. Então o padre e o guarda me levantaram e eu saí chorando.
(Saem Celina amparando Teresa, seguidos pelo Padre. Pelo outro lado saem o Papa e os dois guardas).
NARRADOR – Foram necessários ainda mais um pedido ao Bispo, ao Padre e meses de espera. Meses que pareciam anos para Teresa. Finalmente no dia 9 de abril de 1888 Teresa entrou finalmente para o Carmelo. Ali passou por muitas provações. A Madre Superiora não lhe permitia uma falta sequer. Depois de suportar todas as provações com doçura, Teresa recebeu o hábito em 10 de janeiro de 1889.
(Entram a Madre Superiora e o Bispo. Entra Teresa agora vestida com o hábito. Vai até o Bispo, que a abençoa. Música sacra alegre).
NARRADOR – Assim a flor tinha sido transplantada para o Carmelo e iria desabrochar a sombra da Cruz. As lágrimas, o Sangue de Jesus tornaram-se seu orvalho, e seu Sol era a sua adorável Face.
(Os três saem de cena).
TERESA-adulta (Voz) - Nunca dei a Deus senão amor e com amor também me há de recompensar. Depois da minha morte farei cair uma chuva de rosas. Sinto que está chegando a hora de desempenhar a minha missão a de fazer amar a Nosso Senhor como o amo.. Quero passar o meu céu empenhada em fazer bem na terra.
NARRADOR – Oito anos depois, Teresa está muito doente, sofrendo de tuberculose. Ela reza a Deus:
TEREZA-adulta (Voz) -Ó meu Deus!...
Eu o amo, ao Bom Deus!
Ó minha boa Santíssima Virgem, vinde em auxílio!
Se isto é agonia, que será então a morte?!...
Ah! meu Bom Deus!... Sim, Ele é muito bom, acho-o muito bom...
Se tivésseis uma idéia do que é sufocar!
"Meu Deus, tende piedade de vossa pobre filhinha! Apiedai-vos dela! Mas eis que não morro; entro na vida eterna!
(música sacra)
NARRADOR – Então, aos 24 anos, após sofrer muito com a tuberculose, morria a irmã Teresa. Porém, antes de morrer, fez uma promessa a todos nós:
TERESA-adulta – (entra) Todos que me invocarem receberão a minha resposta. Eis a minha oração: peço a Jesus que me arraste para as chamas de seu amor, para me unir tão estreitamente a Ele, que Ele viva e aja em mim.
NARRADOR – Por isso vamos todos rezar a Santa Teresinha.
Súplica a Santa Teresinha
Minha santa Teresinha do Menino Jesus, que prometestes enviar uma chuva de rosas sobre o mundo, peço-vos: realizai em minha vida vossa consoladora promessa. Preciso de uma chuva de graças, que lave minha alma nas águas das bênçãos do Pai. Intercedei por mim, junto ao vosso Bem-amado Jesus. Acompanhai-me com vossas orações, aumentai minha confiança na misericórdia divina. Desejo andar a passos largos no Pequeno Caminho que trilhastes, - caminho todo feito de dependência e entrega aos desígnios amorosos de Deus. Alcançai-me a graça de não duvidar do amor que Jesus tem por mim. Ajudai-me a crer diariamente no amparo de Deus sobre minha vida quando estou aflito (a), quando estou ansioso (a), quando estou enfermo (a), quando me sinto fraco (a) e desencorajado (a) para orar, trabalhar e amar. Concedei-me, da parte de Jesus, o dom da alegria, a capacidade de sorrir e crer, mesmo quando houver escuridão dentro de mim. Fizestes do Amor o objetivo e sentido de vossa breve vida. Enfrentaste com um sorriso todas as provações e nada negaste ao Bom Deus. Que Jesus, vosso amado esposo, Caminho, Verdade e Vida esteja sempre comigo e com as pessoas que amo. Atendei-me nesta graça que com insistência vos peço (faz-se o pedido).
Pai Nosso
Ave Maria
Glória ao Pai
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