26 de julho de 2010

Budismo - Três caracteristicas das pessoas que se afastam da fé.

Certa vez um membro de Osaka comentou sobre as características básicas de quem abandona a fé. Na edição de no 1.670 deste jornal, o presidente Ikeda comenta convenientemente essas características para nos permitir uma reflexão produtiva no nosso cotidiano. Elas são: 1. Não participam das atividades da organização; 2. Deixam-se levar pela vaidade e pela presunção; 3. Não ensinam a prática da fé aos próprios filhos.

Em síntese, poderíamos afirmar que essas são atitudes que denotam falta de "comprometimento" com a fé ou, ainda, uma visão egocêntrica da própria vida. E quando não estamos comprometidos com algo, tudo se torna penoso e difícil, resultando, no final, na desistência.

Nessa orientação, o presidente Ikeda observa que "não participar das atividades" é o mesmo que deixar de polir ou forjar a si próprio e o mesmo que deixar de praticar verdadeiramente o budismo.

"Deixar-se levar pela vaidade e pela presunção" diz respeito àqueles que menosprezam os companheiros simplesmente por terem maior grau de instrução, informação, conhecimento ou títulos, agindo com arrogância. São pessoas que não colocam em prática as orientações e invejam e difamam as realizações dos outros.

"Não ensinar a prática da fé aos próprios filhos" significa que as pessoas que não têm benevolência nem mesmo com as mais próximas e, em tese, mais queridas, pois a fé é o maior tesouro para se viver feliz e realizado. Se não são benevolentes nem com os próprios filhos, imagine se o seriam com estranhos.

Qualquer um pode cair nesses caminhos criando uma vida de insatisfações e frustrações. A falta de comprometimento pode, inclusive, não ser apenas uma condição momentânea, mas uma tendência de vida resultante do egoísmo exacerbado. Por isso, primeiro é importante ter a coragem de reconhecer que essa tendência existe, e depois orar pela transformação desse ponto negativo e agir para mudar.

Seguindo esse raciocínio, o maior benefício de todos não é puramente o bem-estar material ou espiritual, mas evidenciar a capacidade e a sabedoria de observar a si próprio e às tendências cármicas, percebendo o que nos impede de avançar.

O presidente Ikeda nos orienta sobre a importância de conseguir observar a si próprio: "O Gohonzon, que Nitiren Daishonin nos legou, é o verdadeiro objeto de devoção que nos possibilita observar nossa mente (kanjin no honzon). Em termos mais simples, kanjin, observar a mente, significa 'conhecer a si próprio'." (Brasil Seikyo, edição no 1.224, 8 de maio de 1.993, pág. 4.) Numa interpretação rápida, podemos afirmar que oramos Daimoku ao Gohonzon para enxergar nossa vida como ela é, e buscar a transformação do que é negativo.

A vivência na organização nos dá a percepção necessária para compreender que as pessoas que desistem da fé são invariavelmente aquelas que não conseguiram enxergar a si próprios e, ao contrário, só conseguiam perceber a falha dos outros e da estrutura. Sem perceber, tais pessoas acabam gerando prejuízo a si próprios, pois alimentam um círculo vicioso de insatisfação e críticas que acabam afastando-as da luta pelo Kossen-rufu.

Bem, mas o que é importante discernir nisso tudo? A questão fundamental é que os três itens descritos no início deste Editorial compõem uma situação não rara entre nós, e que é importante que sejam vistos como obstáculos a serem sobrepujados com o auxílio mútuo. Por isso é importante compreender verdadeiramente os fatos para auxiliarmos nossos companheiros que vivem nessas circunstâncias a transformarem a vida.

Todos sabemos que sozinhos dificilmente conseguimos enxergar nossas tendências de vida. O companheirismo da SGI é aquele que visa a criar sempre um ambiente de aprendizado constante que possibilite a cada um auto-observar- se e mudar para melhor, um ambiente em que possam se corrigir, um ao outro, com a máxima benevolência e ética.

Criando um ambiente assim, tornamos nossa comunidade um oásis onde as pessoas não só terão prazer em participar e se relacionar, mas que também gera mudanças adequadas na vida delas. Nesse rumo, o líder consciente dessa missão deve, em primeiro lugar, orar muito e profundamente, buscando o ideal para a comunidade.

Em uma outra ocasião, o presidente Ikeda nos orientou com as seguintes palavras: "À medida que a nossa fé amadurece, podemos nos observar claramente, inclusive as nossas falhas e fraquezas. À medida que tentamos superar essas deficiências, aprendemos a humildade. À medida que mudamos, reconhecemos também os esforços e as virtudes dos outros. O objetivo da verdadeira prática do budismo é aprofundar nosso estado de vida, empenhando-nos sempre para nos desenvolver e crescer." (Ibidem, edição no 1.295, 5 de novembro de 1994, pág. 3.) Esse é um resumo da meta máxima de nossa prática e de nossa organização: proporcionar o desenvolvimento de pessoas livres e autônomas, que romperam as correntes que as aprisionavam ao carma.

Por esse prisma, mesmo que às vezes o relacionamento pareça impossível ou incompatível, torna-se primordial reavaliar nossa postura para buscarmos a interpretação correta das circunstâncias, pois, muitas vezes, o problema está contido em nós próprios, e não em outros. Embora sempre haja uma recíproca num impasse de relacionamento, vence aquele que consegue buscar dentro de si a mudança necessária para estabelecer um relacionamento adequado para o bem do outro. E isso é, definitivamente, maturidade e sabedoria.


 


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